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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Últimas Leituras

Oi!
Bem, se você está aqui é porque ainda não desistiu do blog mesmo...rs
Não consegui tempo para escrever ultimamente, desculpe.
Foco toda a minha energia no trabalho e a que sobra utilizo para dar atenção aos meus entes queridos, namorado, amigos... E para ler, claro!!!!!
Então, não tenho ideia de quando voltarei a postar depois de hoje, mas pretendo manter agora uma espécie de diário de livros lidos - para não esquecê-los jamais!!

Esses foram os últimos livros que li:



1 - Laranja Mecânica de Anthony Burgess
           Livro muito bom! Mas, fiquei um pouco assustada com a leitura. A violência dos personagens acabou me deixando angustiada por um tempo...

2 - O Bicho-da-Seda de Robert Galbraith
           Desde Harry Potter eu amo a escrita dessa pessoa, não importa o nome descrito na capa. Estou contando os dias para lançarem o próximo livro... está vendendo, gente? Já peguei amor pelo detetive e sua assistente. E tem mais: viciei minha irmã também...rs

3 - Marina de Carlos Ruiz Zafón
         Livro bem legal, mas desses últimos lidos achei o mais dispensável (que me desculpem os mega fãs do autor). A escrita vale pela forma poética em que a história é narrada - sempre!

4 - O Eterno Marido - Dostoiévski
        Meu primeiro livro do autor. Gente, esse escritor merece ser famoso. Leiam, sem medo.  Apesar de não amar tanto o final, toda a jornada de leitura foi sensacional. É demais: a escrita, a forma inteligente como os personagens são construídos. Demasiadamente humanos.

5 - Mansfield Park de Jane Austen
        De todos os livros que li da escritora - e agora li todos - esse foi o que menos me fascinou. Mas, é Jane Austen e mesmo o menos fascinante é super maravilhoso para mim!! Já estou com tanta saudade dela e seus finais lindos... 

6 - Misto-Quente de Charles Bukowski
        Meu primeiro livro do autor. Gente, pelo-amor-de-Deus, leiam esse cara. Virei fã.

7 - Hollywood de Charles Bukowski
        Já sou fã do autor e amo todos os livros, quero todos, quero ler tudo. O que dizer mais?


É isso aí. Não sei quando volto, mas voltarei. O importante é continuar as leituras; vamos ler! :)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

As Brumas de Avalon - Marion Zimmer Bradley

Olá!
Voltei para escrever um pouco sobre "As Brumas de Avalon"!
Gente, sim, adorei essa história!
Principalmente pelo que ela me fez pensar sobre a vida em geral...
#boaleitura


Esses quatro livros contam a história de um lugar chamado Avalon, que tinha seu jeito próprio de pensar o mundo, mas também discorre sobre o reinado de Arthur e da religião cristã - além de muitas outras coisas: fenomenal, você tem que ler para saber!

Morgana, a Sacerdotisa de Avalon que tem grande poder nessa narrativa, é irmã de Arthur e recebe de herança de uma família com sangue real druida a missão de ser Senhora do Lago e tentar fazer com que Avalon e seus costumes não se percam do mundo - escondidos nas Brumas. Aliás, brumas essas que os próprios druidas e sacerdotisas - homens e mulheres de Avalon - optaram por utilizar para esconder o lugar daqueles que tentavam ofendê-lo e retirá-lo da história do mundo... Deu para entender? Talvez não, porque a história é boa demais para ser resumida em poucas linhas, galera - leiam! :)

O fato é que Morgana, o Rei Arthur, Lancelote e todos os outros personagens vão vivendo suas vidas da melhor forma possível - do jeito que conseguem em meio aos problemas de cada um; o tempo passa e vamos acompanhando a velhice deles chegar. Acredito que no fim, todos nós vamos nos perguntar se o que fizemos de nossas vidas realmente foi o certo - se cumprimos a nossa missão. E esse é o questionamento também dos personagens. É aí que está lindamente escondida a mensagem que o livro me passou e estou feliz de ter sentido através das entrelinhas.

Qual mensagem? Ficou curioso (a)?

Como não é spoiler, é apenas a minha impressão da história e só quem chegar no fim vai concordar ou discordar, lá vai! 

Para mim, Avalon pode se perder nas brumas e não existir mais no mundo da mesma maneira que nós todos e todas as civilizações antigas que já não existem - se perdem. Existe sempre o dia em que o mundo se modifica - o tempo passa, as histórias passam, novas famílias, sociedades e jeitos de viver  nascem e morrem. Mesmo agora estamos presenciando mudanças que, para nós da geração de 80 /90, não significam tanto - mas para nossos pais e avós, com certeza, são um salto do mundo que eles conheceram para outro inteiramente novo.

E aí? O mundo antigo morre de vez? As civilizações acabam totalmente? Avalon nunca existiu? Ninguém sabe, ninguém viu?

Calma, minha gente - a morte não é o fim. Quando morremos, deixamos um pouco de nós no mundo e esse pouco (ou muito, melhor), é transformado em algo importante para aqueles novos que ficam - sejam pessoas ou outras civilizações. Sabe aquele ditado: "Nada se perde, tudo se transforma"? Foi justamente para ele que meu pensamento foi ao acabar de ler As Brumas de Avalon. As histórias são finitas, o tempo passa, nós passamos. Mas deixamos nossa contribuição, seja qual for - um filho, uma árvore, um livro, um blog, um jeito de falar que seus amigos passaram para os filhos, uma receita, uma crença... Qualquer coisa que vai se encaixar em um novo mundo, que não será mais o nosso, mas existirá graças ao que plantamos e construímos agora.

E assim termino: viva a vida, vivam as forças da natureza, viva a Deusa! (rs)

E leiam esses livros: muito bons! :)

E, para quem quiser, fica o link com o filme "As Brumas de Avalon" no You Tube:



Até mais! :)

terça-feira, 24 de março de 2015

Leituras durante a ausência de posts!

Oi!
Então, estou com saudade do blog!!
Acredito que eu precise me desculpar com algum leitor que tenha passado por aqui desde novembro buscando novidades e não achou nada... 
Sinto muito pela ausência - muito mesmo porque não consegui viver um dia sem sentir falta de escrever aqui, entrar nos blogs de vocês, trocar comentários com quem entende e gosta desses nossos assuntos literários e artísticos...
Desistir desse espaço do blog me parece impossível, embora eu não saiba ainda qual pode ser a frequência do meu comparecimento. Está sendo mais fácil me atualizar nas redes sociais através de fotos rápidas no Instagram - mas o espaço do blog é importantíssimo para um diálogo mais profundo e, não consigo evitar, sinto essa saudade de escrever aqui instalada no peito. Enraizou. Como fugir de mim mesma? Impossível, vai faltar um pedaço.

Bem, também não li tantos livros como gostaria desde a última postagem. Mas, vou informar aqui o que andei lendo desde dezembro de 2014, beleza?

Os livros lidos foram:

*O volume 1 de As Brumas de Avalon - A Senhora da Magia:



*O volume 2 de As Brumas de Avalon - A Grande Rainha:


*Mary Poppins:


*Fahrenheit 451



*Noites lebloninas:



*O Grande Gatsby:


*A Teoria de Tudo:



Adorei todos os livros e os recomendo! :) #boaleitura
Estou lendo agora o terceiro volume de As Brumas de Avalon - quem sabe consigo escrever uma resenha depois de terminar a série?! :)
Dentre esses últimos livros lidos, quem mais me surpreendeu foi João Ubaldo Ribeiro - talvez por eu nunca ter lido nenhuma resenha sobre ele e, bem, eu não sabia pelo que esperar. No começo achei que o autor iria ser machista e moralista demais, mas logo percebi que é um jeito de falar das coisas mais abertamente - sem rodeios e frescuras - que acabou me encantando. Nada foi moralista nem machista, não era essa a ideia... Noites lebloninas foi um escrito único sobre os assuntos que nos cercam na atualidade - descrevendo a vida de forma aberta, clara e sugestivamente irônica - como quem ri de si mesmo e de sua sociedade atual. Até hoje, li poucos escritores com essa capacidade tão perspicaz de olhar de fora a cultura formada no Leblon, no Rio de Janeiro, no Brasil e, quiça, no mundo. Cultura essa que mal  nos damos conta em meio ao cotidiano atribulado, mas através das palavras de Ubaldo percebemos ser apenas mais um modo de existir, dentre tantos outros - uma construção.

Aliás, sobre cotidiano atribulado e construção, acabo de pensar: necessito construir uma forma de incluir mais esse espaço do blog na vida, não? rs :)

Beijos para quem lembra dessa página e veio ver se ainda existe vida no Resenhas da Lu! :P

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O Mal-Estar na Civilização - Freud

Oi!
Gente, minha vida está uma loucura e tenho estado sem tempo...
Mas, não vou abandonar esse blog aqui não; ele é parte importante da minha alegria!
E, para tentar retornar aos trabalhos, vou deixar aqui algumas quotes de um livro belíssimo: "O Mal-Estar na Civilização" do meu querido Sigmund Freud! Na minha humilde opinião, se trata de uma longa e bem escrita investigação sobre a felicidade...
O cara escrevia tão bem que até os que não gostam muito de Psicologia podem adorar essas frases!!
Espero que gostem!! :) #boaleitura


"É difícil escapar à impressão de que em geral as pessoas usam medidas falsas, de que buscam poder, sucesso e riqueza para si mesmas e admiram aqueles que os têm, subestimando os autênticos valores da vida."

"Estou falando, claro, daquela orientação de vida que tem o amor como centro, que espera toda satisfação do amar e ser amado."

"Aqui podemos transitar para o caso interessante em que a felicidade na vida é buscada sobretudo no gozo da beleza, onde quer que ela se mostre a nossos sentidos e nosso julgamento, a beleza das formas e dos gestos humanos, de objetos naturais e de paisagens, de criações artísticas e mesmo científicas."

"Existem, como dissemos, muitos caminhos que podem levar à felicidade, tal como é acessível ao ser humano, mas nenhum que a ela conduza seguramente."

"A ordem é uma espécie de compulsão de repetição que, uma vez estabelecida, resolve quando, onde e como algo deve ser feito, de modo a evitar oscilações e hesitações em cada caso idêntico. O benefício da ordem é inegável; ela permite ao ser humano o melhor aproveitamento de espaço e tempo, enquanto poupa as suas energias psíquicas."

"Beleza, limpeza e ordem ocupam claramente um lugar especial entre as exigências culturais."

"A vida humana em comum se torna possível apenas quando há uma maioria que é mais forte que qualquer indivíduo e se conserva diante de qualquer indivíduo. Então o poder dessa comunidade se estabelece como "Direito", em oposição ao poder do indivíduo, condenado como "força bruta". Tal substituição do poder do indivíduo pelo da comunidade é o passo cultural decisivo."

"Boa parte da peleja da humanidade se concentra em torno da tarefa de achar um equilíbrio adequado, isto é, que traga felicidade, entre tais exigências individuais e aquelas do grupo, culturais; é um dos problemas que concernem ao seu próprio destino, a questão de se este equilíbrio é alcançável mediante uma determinada configuração cultural ou se o conflito é insolúvel." 

"A separação da família torna-se para todo jovem uma tarefa, na solução da qual a sociedade com frequência o ajuda por meio de ritos de puberdade e iniciação. Vem-nos a impressão de que estas são dificuldades inerentes a todo desenvolvimento psíquico - e mesmo orgânico, no fundo."

"A existência desse pendor à agressão, que podemos sentir em nós mesmos e justificadamente pressupor nos demais, é o fator que perturba nossa relação com o próximo e obriga a civilização a seus grandes dispêndios. Devido a essa hostilidade primária entre os homens, a sociedade é permanentemente ameaçada de desintegração."

"A civilização tem de recorrer a tudo para pôr limites aos instintos agressivos do homem, para manter em xeque suas manifestações através de formações psíquicas reativas."

"Evidentemente não é fácil, para os homens, renunciar à gratificação de seu pendor à agressividade; não se sentem bem ao fazê-lo. Não é de menosprezar a vantagem que tem um grupamento cultural menor, de permitir ao instinto um escape, através da hostilização dos que não pertencem a ele. Sempre é possível ligar um grande número de pessoas pelo amor, desde que restem outras para que se exteriorize a agressividade."

"Agora, acredito, o sentido da evolução cultural já não é obscuro para nós. Ela nos apresenta a luta entre Eros e morte, instinto de vida e instinto de destruição, tal como se desenrola na espécie humana. Essa luta é o conteúdo essencial da vida, e por isso a evolução cultural pode ser designada, brevemente, como a luta vital da espécie humana. E é esse combate de gigantes que nossas babás querem amortecer com a "canção de ninar falando do céu"!"

"A meu ver, a questão decisiva para a espécie humana é saber se, e em que medida, a sua evolução cultural poderá controlar as perturbações trazidas à vida em comum pelos instintos humanos de agressão e autodestruição. Precisamente quanto a isso a época de hoje merecerá talvez um interesse especial. Atualmente os seres humanos atingiram um tal controle das forças da natureza, que não lhes é difícil recorrerem a elas para se exterminarem até o último homem. Eles sabem disso; daí, em boa parte, o seu atual desassossego, sua infelicidade, seu medo. Cabe agora esperar que a outra das duas "potências celestiais", o eterno Eros, empreenda um esforço para afirmar-se na luta contra o adversário igualmente imortal. Mas quem pode prever o sucesso e o desenlace?"

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O tempo é um rio que corre - Lya Luft

Oi!
Hoje vou escrever sobre um dos livros que ganhei de aniversário!
Amei! Perfeito! #boaleitura


Sim!! É o livro O tempo é um rio que corre da Lya Luft

O livro conta sobre a vida e suas fases ao passar do tempo. Lemos sobre a infância... a adolescência... a juventude... a maturidade... velhice... morte... E sobre como viver essas épocas todas de acordo com a correnteza...

Todas as fases da vida vão passando pelos nossos olhos seguindo as palavras da escritora; mesmo como águas que correm ao longo de um caminho - do tempo.

Para começo de conversa, preciso dizer que sinto muito se eu não conseguir aqui colocar em palavras o tanto que eu gostei dessa leitura. Foi muito muito muito bom! Marquei várias partes do texto, me identifiquei em vários momentos, quis seguir o rio da autora com a mesma inteligência e alegria pela vida transmitidas em cada letra!
Acho que não existem palavras para descrever o quanto esse livro é bom! 
Ainda assim, vou tentar escrever mais um pouco.

A verdade é que a vida é difícil sim e cada etapa tem suas glórias e tristezas. Disso sabemos, no íntimo, mesmo tentando esconder com fotos felizes no facebook e creme para rugas. 

Como estar em um barco dentro desse rio que corre sem precisar se desesperar demais ou esconder de nós mesmos o caminho que percorremos?

"Conseguimos até ficar sozinhos nessa pequena liberdade: a de que o tempo é um fato natural, é crescimento e mudança permanente. Que ele não só nega e rouba com uma das mãos, mas, com a outra mão, oferece."

Como encontrar nós mesmos em meio ao caos de um mundo que tanto nos impõe e exige?

"É possível desafiar os conceitos que imperam, desatar fios que nos enredam, limpar o pó desse uniforme de prisioneiros, deixar de lado as salas decoradas, a tirania do que temos de ser ou fazer. Pronunciar a nossa própria alforria: vai ser livre, vai ser você mesmo, vai tentar ser feliz, seja lá o que isso for."

"Dizendo: eu sou esse, não outro; meu jeito é assim, essa é a minha voz, isso eu quero, não o que os outros esperam de mim. E, se não faço mal a ninguém, eu vou por esse caminho."

Como podemos firmar em nós um ser inteiro, único, integrado, dentro dessa transitoriedade do "Tempo que tudo leva consigo e não devolve"?

"A palavra de amor murmurada no escuro, a criança dormindo em meus braços, o trabalho bem-feito, o olhar cúmplice através da sala, a flecha de sol abrindo uma paisagem irreal, a família reunida dando risada e naquele momento todos de verdade se amando: tudo isso passa no instante em que acontece - mas está para sempre aqui comigo."

Essas e tantas outras perguntas essenciais - que nos envolvem cotidianamente sem nem nos darmos conta - são comentadas (e acho até que muito bem respondidas) nas páginas fluídas desse livro, ainda que não mencionadas diretamente. 

São 141 páginas descrevendo pensamentos profundos de maneira especialmente líquida: como um rio que corre.

É bem isso. Enquanto lia, tinha a sensação de observar a vida como quem senta na beira de um rio e fica olhando as águas passarem.

Além disso tudo de bom, encontrei algumas poesias lindas que eu nem imaginava vir a ler nesse livro... 
Maravilhosas e todas ligando ainda mais o pensamento do leitor ao que estava sendo narrado no texto! 
Vou fechar a resenha, então, com uma delas... como não poderia deixar de ser.

Naquele tempo sem tempo
a verdade parecia estar nos livros:
ali calavam as respostas
e moravam os silêncios.

Quanto mais procurei,
mais me enredei
na ramagem das indagações:
as respostas não vinham,
a verdade era miragem,
a busca era melhor que a 
descoberta,
e nunca se chegava.

(Viver era mesmo sentir 
aquela fome.)

Lya Luft

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O Chamado do Cuco - Robert Galbraith (J.K. Rowling)

Oi!
Hoje vim escrever um pouco sobre o livro O Chamado do Cuco, de Robert Galbraith - que como vocês já devem saber, é o pseudônimo da nossa querida J.K. Rowling! #boaleitura



Ganhei esse livro em um sorteio do blog super interessante da Maria Faria, o Bombu Teco. Muito Obrigada, Maria!! Adorei!!! 

Para quem ainda não sabe, essa é a história de uma investigação na qual um rico empresário, John Bristow, contrata o detetive particular Cormoran Strike para desvendar o mistério do assassinato de uma modelo famosa.

Acontece que essa modelo, Lula Landry, é a irmã de John e o suposto assassinato foi encarado pela polícia como um claro suicídio. Se essa morte foi um crime mesmo ou se a polícia está certa é a grande questão que acompanhamos Strike e sua secretária inteligente, Robin, tentarem encontrar uma resposta.

Gostei muito do livro!!! :)

Primeiro porque sempre considero romances policiais bem escritos uma ótima maneira de me divertir! Ir tentando juntar as peças do quebra-cabeça com as dicas que leio em cada capítulo é bem legal e instiga a curiosidade sempre! 

Segundo porque a estrutura dos personagens criados pela mãe do meu querido Harry Potter está demais! Consegui perceber os sentimentos tão humanos e tão reais em cada página, principalmente com relação ao Strike e a Robin. Sério: eles realmente poderiam existir com suas alegrias e tristezas - tentando fazer escolhas que levem para caminhos mais a cara deles e melhores, tentando a felicidade.

Terceiro porque a leitura me causou uma reflexão sobre as minhas próprias escolhas e a vida dos homens como um todo. Tentando desvendar o mistério de um suicídio ou assassinato, Strike e Robin foram se implicando de tal maneira que aquele espaço de trabalho fez com que descobrissem mais de si mesmos. Strike ia sentindo que ganhava um nome no mundo, estava finalmente fazendo um caso interessante e bem remunerado. Robin está, no texto, sempre em constante dúvida entre continuar fazendo o que gosta ou arrumar um emprego que pague melhor. A vida deles não é fácil, muito menos suas escolhas - mas fazer sentido dentro de cada um é o que importa, certo?

Li algumas resenhas falando sobre o suposto romance entre esses dois, Strike e Robin. Bem, gente, eu diria que, para mim, o que aconteceu foi bem real. E o que não aconteceu também. Não mudaria nada no relacionamento desses dois, a não ser que venham outros livros com eles por aí...rs...

Também li que algumas pessoas acharam a leitura um pouco maçante e, bem, não é super rápido de se ler. Pelo menos não foi para mim. Mas também achei que deveria ser assim. As questões tratadas ali levam um tempo mesmo para se sentir - não é só saber se foi morte matada ou morte morrida...rs... Os personagens tiveram que, além de encontrar a verdade, se encontrar. Essa última tarefa pode levar um tempo.

Dito isso, não posso deixar de registrar essa quote:

"Enquanto Strike mancava atrás do médico, uma frase flutuou por seu subconsciente, uma frase que ele lera muito antes de ver seu primeiro cadáver, ou se maravilhar em uma cachoeira na encosta de montanha africana, ou observar a cara de um assassino desabar ao perceber que foi apanhado.
Tornei-me um nome."

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Roube como um Artista - Austin Kleon

Oi!
Hoje vou escrever sobre o livro "Roube como um Artista" do autor Austin Kleon.
#boaleitura


Essa leitura é bem rápida, fácil e agradável!
Aconselho para todos os blogueiros que adoram publicar e fazer arte pelo mundo.
Geralmente não gosto nada desse tipo de livro que dá "dicas". Sempre considero uma furada porque cada um tem sua própria maneira de encontrar seus caminhos.
Mas, quando, ainda na livraria, li que esse autor acredita que todo conselho é autobiográfico, aí ficou mais inteligente e interessante para mim... rs...
"Esse livro sou eu conversando com uma versão anterior de mim." Afirma Austin Kleon.

Então, se você tem interesse em ler as dicas de um artista para sua criatividade: "roube como um artista". :)

O que Austin revela quando nos incita a estudar e pesquisar a arte que gostamos e queremos fazer é: encorajar o trabalho. Porque para se tornar bom no que se faz é preciso conhecer amplamente o assunto de sua atividade. Então, se você quer ser escritor, leia tudo sobre os seus escritores favoritos e tente ser um discípulo deles. A arte também envolve dedicação, não é apenas inspiração. É necessário investir seu tempo nas ideias; estudar e trabalhar nelas. 

Para ajudar sua criatividade, o autor indica os 10 pontos abaixo:

1 - Roube como um artista.
2 - Não espere até saber quem você é para poder começar.
3 - Escreva o livro que você quer ler.
4 - Use as mãos.
5 - Projetos paralelos e hobbies são importantes.
6 - O segredo: faça um bom trabalho e compartilhe-o com as pessoas.
7 - A geografia não manda mais em nós.
8 - Seja legal. (O mundo é uma cidade pequena.)
9 - Seja chato. (É a única maneira de terminar um trabalho.)
10 - Criatividade é subtração.




Essas 10 dicas são bem explicadinhas no livro. 
Considerei todas de grande importância para quem quer desbloquear a criatividade. 
Se esse for o seu caso, use uma horinha de seu tempo para pensar nessas dicas.


Principalmente, se permita criar. 
Para mim, esse é o ponto mais importante e mais desafiador, embora talvez não pareça.
A vida nos modela em muitos momentos e criar é se desbloquear dos moldes que nossa cultura e nossos próprios medos internos representam. 
Você "(...) pode construir o seu próprio mundo. (...) Cerque-se de livros e objetos que ama. Pregue coisas na parede. Crie seu próprio mundo."
Assim falou Austin Kleon.

*Pessoal, as fotos desse post são do Bruno Menezes. Apenas o texto é de minha autoria. Bjs


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Lady Susan - Jane Austen

Oi!
Tenho que contar para vocês sobre o livro que descobri outro dia!!
#boaleitura


Acontece que eu estava tranquila passeando em uma livraria na minha hora de almoço, como acontece geralmente... E, veja só, descobri que a Jane Austen não escreveu só 6 livros, como eu pensava... Para aumentar a informação: além de Lady Susan, li que também tem escritos incompletos, uma produção juvenília, peça teatral, poemas, etc. E eu achando que minha querida Jane viveu para escrever apenas 6 livros...
Estou cada vez mais fã da Austen; ela escreve de uma maneira que, nem sei... é muito agradável e inteligente... e tudo o mais... adoro!
Enfim, como é bom descobrir um novo livro dela! Não deu outra: comprei no mesmo dia!
Fora que a edição é muito legal: Bilíngue (Português-Inglês) e capa dura... me apaixonei na hora!

O livro conta a história da personagem que deu nome ao mesmo: Lady Susan. E, gente, como essa Susan é diferente de todas as personagens que já conheci até hoje escritas pela Jane Austen! A mulher é maquiavélica! É uma viúva perto de seus 30 anos que trama maneiras de conseguir um novo casamento para si e para a pobre de sua filha que não deseja se casar com o escolhido pela mãe para ela... Essa filha, por sinal, me encantou! Não é nada parecida com a mãe, é um doce! 

Lady Susan era falsa para enganar as pessoas e conseguir o que queria. Fazia planos para casar a filha, ainda que a fazendo profundamente infeliz, e chamava a mesma de "menina cansativa". Tinha um comportamento calculado para enganar a todos que pudessem lhe servir. E suas atitudes espertinhas provocaram várias reviravoltas na história; impressionante! 

Mas, no fim, ah... claro que não vou estragar o final, né?! Porém, acho interessante dizer: Jane Austen procura mesmo indicar o bem e o caráter como características valiosas! Mais cedo ou mais tarde, a verdade tende a aparecer - tanto melhor quando é mais cedo. 

Esse livro foi escrito de forma diferente também - em formato epistolar. Sim, descobrimos tudo o que está acontecendo através da leitura das cartas que os personagens trocam entre si. Isso foi muito legal para mim; a leitura foi leve, rápida, interessante! :)

Recomendo! Mas sou suspeita para falar de Jane Austen... rsrsrs...

sexta-feira, 11 de julho de 2014

10 anos com Mafalda - Quino

Oi!
Como prometido no post anterior, agora vou escrever um pouco sobre o livro "10 anos com Mafalda"!
#boaleitura




Estava envolvida com uma outra leitura no momento em que ganhei esse livro e... nossa... coitada da outra história... ficou aguardando em um canto até eu terminar a última página de Mafalda. Sério. Não sei nem qual palavra usar para descrever o quanto gostei!


Esse livro organizou as tirinhas da Mafalda por temas, o que permitiu que eu conhecesse melhor a estrutura de cada personagem, bem como as ideias da Mafalda como um todo. A verdade é que, antes dessa leitura, eu sempre lia uma ou outra tira da Mafalda e achava bem legal. Mas, ler de uma maneira tão organizada ao ponto de eu poder entender a fundo a história de vida que o autor Quino idealizou e concretizou, nesses desenhos de expressões super elaboradas embora aparentemente simples, não tem preço. Eu finalmente entrei plenamente no mundo da Mafalda e fiquei tão encantada que... nossa... nem sei se tenho as palavras para descrever, estou tentando...


Logo que abri o livro encontrei uma entrevista espetacular com o criador dessa personagem brilhante! Pude conhecer um pouco mais sobre o Quino e como foi em sua vida a trajetória de 10 anos com a Mafalda - trabalho diário e exigente. Não quero contar muito do que li nessa entrevista para não estragar a surpresa, mas posso dizer que gostei demais. Principalmente pelo fato de ter percebido que, sim, deu muito trabalho. O que veio de encontro com minhas percepções: as obras geniais são simples, mas exigem do autor um esforço relevante. Aqui não posso deixar de lembrar daquela famosa frase da Clarice Lispector: "Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.".



As tirinhas da Mafalda são extremamente inteligentes e divertidas. Em 27 anos, ainda não tinha lido nada que me fizesse rir e gargalhar tanto. Sério. Foi assim um sorriso espontâneo e deliciado com o sagacidade de pensamento; de sensibilidade para com a vida e as relações com o mundo; de verdade e delicadeza artística para com essa realidade que nos embala o cotidiano. Mafalda é uma obra-prima e merece o meu amor. É muito amor, gente!


Ah! E como me identifiquei com algumas posturas da Mafalda...rsrsrs...
Nessa tirinha aí em cima a personagem está tão ansiosa para o primeiro dia na escola que acorda antes dos pais e vai acordá-los. Isso, por exemplo, eu fiz igualzinho... 

Enfim, acredito que já deu para perceber: super recomendo! :)
Sou uma verdadeira apaixonada por tudo o que tenha a Mafalda! :)

Ah... antes de terminar, vou informar para vocês que todas as fotos desse post são do Bruno Menezes - um fotógrafo muito melhor do que eu e pode me ajudar bastante com essa parte visual. Nesse post preferi focar só nas palavras, que são meu forte, acho...rs! :)


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Freud - Uma Biografia em Quadrinhos

Oi!
Hoje vou mostrar um pouco do livro Freud - Uma Biografia em Quadrinhos!
#boaleitura



A autora desse livro é a Corinne Maier que nasceu em Grenoble, em 1963, e é psicanalista, socióloga, economista e historiadora. A ilustradora é a Anne Simon que nasceu em La Créche, em 1980, e é desenhista, ilustradora e roteirista.

Para quem não conhece bem, a Psicanálise é uma das linhas utilizadas na Psicologia, que pode ser escolhida para tratar de pacientes. Foi inventada pelo Freud, criador de conceitos totalmente inovadores para sua época.

Com certeza, o trabalho realizado por esse ilustre personagem da História inaugurou uma maneira nova de pensar e de dar importância ao que o paciente fala! O que é fundamental para quem trabalha com pessoas e, principalmente, com Psicologia.

Dadas essas informações, preciso dizer que Freud - Uma Biografia em Quadrinhos conta a história de Freud de maneira divertida, inteligente e sensível! 

Durante a leitura, podemos conhecer desde o início de sua carreira, sua escolha pela medicina, seu namoro com Martha, seus primeiros trabalhos de pesquisa... 


A autora mostrou como Freud começou a pensar a Psicanálise e escreveu um pouco também sobre alguns pacientes clássicos, que o ajudaram a desenvolver seus estudos, como o caso do Homem dos Ratos.


Além disso, ao ler a história podemos conhecer mais sobre os detalhes na vida do famoso pai da Psicanálise: quando casou; quantos filhos teve; sua paixão pela coleção de antiguidades; como conseguiu levar a sua teoria para outros continentes e fazer seguidores ou novos pensadores, como Jung; como lidava com a política e a religião; como conviveu com o câncer que acabou o levando dessa vida; etc, etc, etc. O livro é realmente rico nesses detalhes, o que considerei bastante agradável.





Adorei tudo; texto e ilustração! Foi uma leitura rápida e interessante. Recomendo muito para quem gosta da área ou para quem tem interesse em conhecer mais sobre a vida do Freud!!! :)
A obra desse pensador revolucionou a época e, com certeza, ficou para a posteridade.




domingo, 15 de junho de 2014

A abadia de Northanger - Jane Austen

Oi!
Hoje vou escrever um pouco sobre o livro A abadia de Northanger, de Jane Austen.
#boaleitura


Sinopse do Skoob: 
A Abadia de Northanger é considerado um dos trabalhos mais ligeiros e divertidos de Jane Austen. De fato, para além dos ambientes aristocráticos da fina-flor inglesa do século XVIII, encontramos aqui uma certa dose de ironia, sátira e até comentário literário bem-humorado.

Catherine Morland é porventura a mais estúpida das heroínas de Austen. A própria insistência no termo “heroína” ao longo da obra e a constatação recorrente do quão pouco este epíteto se adequa à personagem central fazem parte da carga irônica da história. E se Catherine é ingênua para lá do que seria aceitável, e o seu amado Henry a personificação de todas as virtudes masculinas mais do que seria saudável, a perfídia dos maus da fita - amigos falsos, interesseiros e fúteis – não lhes fica atrás no exagero. Tudo isto seria deveras irritante não fora o tom divertido com que Austen assume ao longo das duas partes que constituem este livro o quão inverosíméis são as suas personagens…

Acrescente-se a paródia do romance gótico e do exagero em que induz as suas leitoras, e uma crítica inteligente aos críticos que acusam o romance de ser fútil e “coisa de mulheres”, e temos uma interessante historieta de amor, escrita com bastante graça e capaz de ultrapassar a moralidade caduca que nos habituamos a esperar da pena de Jane Austen. 


Meus pensamentos:
Descobri que esse foi o primeiro livro escrito por Jane Austen, mas não o primeiro a ser publicado. Acredito que os personagens criados pela escritora melhoraram muito desse livro para os outros, porque realmente os desse aqui me pareceram caricaturas de pessoas que são ou de todo boas ou de todo más. 

Fora isso, a forma de escrever de Jane já está presente nesse livro - e é isso que mais gosto nela. Tudo bem que os seus livros sempre buscam um casamento no final e uma narrativa sobre as peripécias de relacionamentos e seus inícios... Enfim, isso é de fato marcante na obra como um todo.

Mas, não é esse o ponto que mais me agrada em tudo o que leio da autora. É sim sua forma irônica, divertida, colocando critica nas entrelinhas de cada frase, sem precisar mencioná-las de fato. 
Em A abadia de Northanger, Jane Austen demonstrou esse estilo de escrita que tanto gosto com muita liberdade - mais do que o usual. Comentando até mesmo o seu próprio papel ali como narradora e criadora daqueles acontecimentos descritos. Isso me fez rir e me aproximar mais desse modo de escrever! Adoro!

Confesso que as ilusões e as visões românticas, ou melhor, as fantasias muito loucasss da personagem principal, Catherine, me deixaram um pouco cansada... Eita... Mas, procurei perdoá-la posto que é uma moça que viveu sempre muito isolada em seu mundinho particular até viver as aventuras descritas no livro.
Mas, quando Catherine finalmente acorda para a vida e percebe, com a ajuda das palavras de seu amado, que está "viajando" muito, totalmente sem noção, aí sim acredito que a moça está aprendendo alguma coisa nessa história toda. Nesse momento, suspirei aliviada: finalmente a menina está crescendo, eita! rs
Como informa o livro, "As ansiedades da vida comum logo começaram a suplantar os temores românticos.". Imagino que esse meu sentimento ao longo da história era o que a escritora queria mesmo passar... Talvez um alerta para as mocinhas da época, algo como: acordem, meninas, coloquem o pé no chão, na realidade... Quem sabe? 
Depois de devidamente acordada para a realidade, a vida dessa heroína tão banal fica mais firme; consigo, então, sofrer com suas dores e sorrir com suas alegrias!

No fim, Jane Austen faz o seu papel de Jane Austen... E, além disso, nos coloca a seguinte questão: esse livro tende a recomendar a tirania dos pais ou recompensar a desobediência dos filhos?
Bem, Jane, não sei sua resposta... eu me arriscaria a dizer: os dois. Nem sempre os pais recebem bem a decisão de casamento de seus filhos, não é? Acabam colocando vários empecilhos racionais, mas no fundo acredito que seja uma vontade de mantê-los em casa, talvez... E os filhos, por sua vez, para casar e romper essa ligação com a finalidade de construir um novo lar, uma nova ligação e maneira de existir no mundo, acabam precisando usar de certa desobediência, ainda que de forma mais amorosa, claro... 
Romper com o velho mundo e construir um novo requer força, determinação e muito amor.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A culpa é das estrelas - Livro e Filme

Oi!
Ontem acabei de ler o livro A culpa é das Estrelas (aeee) e hoje fui assistir ao filme no cinema...
#boaleitura e #bomfilme


Não sei se tenho muito para acrescentar sobre o livro... Acho que a grande maioria já o leu, já vi várias resenhas... E eu estava evitando ler livros desse autor porque sempre acho estranho essas modinhas... sei lá, desculpem, mas acho.
Um grande erro da minha parte. Confesso que me surpreendi positivamente com A culpa é das estrelas. Sim, é uma linguagem infanto-juvenil porque é uma garota de 17 anos narrando a história... Mas tem ideias de uma profundidade e sensibilidade que me fizeram acreditar na fama do John Green... Sim, o cara é sagaz!
Ele conseguiu desconstruir a ideia que muitos tem sobre quem sofre com o câncer. Quero dizer, o autor conseguiu nos revelar que existe uma história por detrás da doença, quando muitos incorporam só a "pena" quando olham para alguém sofrendo desse mal. Quero dizer, o autor escreveu e quis dizer: "Olhem, estão vendo aquela galera ali que sofre com câncer, eles são mais que isso, eles estão lutando com as questões de vida e de morte que, no fundo, todos nós lutamos..." Ou será que viajei muito e não foi isso que ele quis dizer?
Bem, acho que foi isso também, além de outras coisas, claro. Todos sofremos, cada um no seu tempo e da sua maneira, com a dor da existência. E, como sabem, "A dor precisa ser sentida".
Quando estamos perdendo um ente querido ou quando estamos nos perdendo com uma doença terrível como essa, enfim, todos temos de sentir essa dor. 
O John, além de levantar um novo olhar para quem sofre com o câncer, nos faz pensar sobre a dor da perda como um todo. E, tão importante quanto, sobre a vida como um todo.

A culpa é das estrelas ou de nós mesmos? Como cita o horroroso, porém tão humano, Van Houten: "(...) não há qualquer escassez de culpa em meio às nossas estrelas".
O que John quer dizer com isso?
Sim, somos responsáveis por nós mesmos. Mas, existem coisas que independem de nós, como a perda de alguém querido. E aí, como agir enfrentando as nossas próprias escolhas e as feridas que as estrelas irão produzir em nós, de acordo com o que não podemos controlar do destino?

Parabéns, John Green, esse livro é muito bom!!!
E obrigada por nos lembrar do infinito que existe em determinado período. O infinito que há em um pequeno tempo ao lado de quem amamos, uma lembrança eterna e aconchegante dentro de nós. Um aconchego sem fim. 

"Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas." 
Sim, Augustus, muito maduro. Realmente, muitas vezes, não dá para saber se a nossa escolha vai acabar nos ferindo no futuro... quer dizer, tem como se ter uma ideia, claro... dependendo do caminho que você esteja tomando... Mas, de fato, do futuro não dá para saber. As estrelas talvez o conheçam, mas quando nós escolhemos, tateamos no escuro mesmo. 

Mas, veja bem, a pergunta é: se essa escolha vai valer a pena? Independente do que aconteça e de qual dor você enfrente... O infinito desse caminho é aceitável para você?

Perguntas que só nós mesmos podemos responder.


O filme?

Ah, gente... o filme é adorável....
Quando acabou a sessão, ouvi uma menina dizendo "nem se compara com o livro, mas...".
É verdade que o livro está mais completo. Não é tão fácil colocar nas telas o que as palavras expressam. Dito isso, gostei imensamente... Segurei um pouco as lágrimas, confesso. Lindo!
Não exatamente igual ao livro, acredito que foi preciso fazer algumas adaptações mesmo. Existe a realidade do cinema que é diferente da realidade das páginas... De qualquer maneira, acredito que a essência do pensamento revelado no livro está ali no filme, isso é importante.
Vá, por favor... Vá assistir. É lindo. É uma homenagem amorosa aos sentimentos inerentes ao viver, tanto quanto no livro. Super indico! :)

Permita que essa história seja uma estrela cruzada em sua vida, Ok?


quinta-feira, 29 de maio de 2014

O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë

Oi!
Hoje vou escrever um pouco sobre o último livro que li, O Morro dos Ventos Uivantes... #boaleitura
E, claro, depois de lê-lo fiquei curiosa para assistir o filme com o mesmo nome...


O Morro dos Ventos Uivantes é uma obra da escritora Emily Brontë, publicada em 1847
Como nos livros da também inglesa Jane Austen, as paisagens que são descritas me fazem imaginar campos lindos, amplos e bem legais para passear...
Enfim, o livro:
Vou logo avisando que não indico esse livro para qualquer leitor.
Se você é do tipo que gosta mais de fantasia ou desses romances mais açucarados... não sei se vai gostar, hein... não sei.
Esse livro é um clássico intenso e já terminei de ler tem uns dias, mas até agora estou pensando e tirando novas conclusões sobre a história.
Eu adorei o livro!! Mas, não é para qualquer momento... E minha leitura foi um pouco vagarosa, por conta das cenas tristes que eu ia lendo...
Mas, é ótimo e eu ainda me lembro de uma amiga que, quando eu tinha lá meus 13 anos, me ligava toda noite para dizer o quanto esse livro é bom e estava amando a leitura! Anos depois, tomei coragem para enfrentar a história que essa amiga tanto me contava...

Vou transcrever, aqui embaixo com essa cor diferente, exatamente o que está escrito na sinopse para vocês não dizerem que contei demais:
O Morro dos Ventos Uivantes narra a história do órfão Heathcliff e de seus irmãos de criação, Catherine e Hindley. Maltratado e humilhado por Hindley, e apaixonado por Catherine, que se casa com o nobre Edgar, Heathcliff desaparece e retorna rico, anos depois, em busca de vingança.

Bem, o livro revela mais momentos tristes e tempestuosos do que felizes. Aliás, lá no comecinho, quando tudo parecia estar bem, afinal... me vem a verdade:

"Essa felicidade terminou. No final das contas, todos nós temos de contar é conosco mesmo. Os bons e generosos são apenas mais sabiamente egoístas do que os dominadores." 

E, gente, como eu sofri... Como quase indiquei uma psicóloga para essas personagens... Como quase entrei no livro para parar alguma briga...

Senti que eu era como o inquilino que escutava essa história (quem leu, sabe) e se colocou na posição de um conhecido na vida daquelas pessoas da narrativa. Tanto que, depois de um tempo, resolveu passar pelo Morro dos Ventos Uivantes para saber como tudo estava indo... como alguém quase da família, vejam só...

É isso, essa escritora é tão fantástica que criou alguém ali dentro da própria história que, na verdade, era eu, enquanto leitora. Era eu escutando e conhecendo aquelas pessoas difíceis... Eu ficando tão impressionada que, em um primeiro momento, demorei para ler e quis fugir daquela tristeza, ainda que já tendo comprado o aluguel... quer dizer, o livro. Mas, persisti por vontade de saber o que acontecia... E, nas últimas páginas, eu era quem estava tentada a voltar ao Morro dos Ventos Uivantes para descobrir se tudo ia bem.

Era eu escutando as palavras da boa sra. Dean, "(...) as pessoas que cumprem seu dever são sempre, afinal, recompensadas.", e torcendo para que algo acontecesse de alegre!

Demorei um tempo para começar a tirar as minhas impressões do livro... ele tem me feito pensar bastante e justamente por isso o considero fantástico. Esse livro me instigou. Nele, as pessoas são como são, nem totalmente boas nem totalmente más, e escolhem fazer da vida delas o que consideram apropriado... como na vida real.

Mas a vingança... Quem realmente sofre com uma vingança? Quem realmente se maltrata, se humilha e não se perdoa?

Penso muitas coisas ainda sobre tudo o que li. Mas, tem um pensamento que sempre vai me alcançar mais rápido quando eu lembrar desse livro: perdoar e seguir em frente é uma boa escolha.

O filme? Bem, esse filme que vi, não sei se tem outros...
A fotografia desse filme é ótima! Realmente muito boa!
Já o enredo, na minha opinião, está mais adaptado do que deveria, além de terem cortado do filme a parte que mais gostei: justo o final do livro que fechou a "gestalt", me ajudando a desencadear melhor os pensamentos sobre a história. Por causa disso, não gostei. Leia o livro e só veja o filme se estiver bastante curioso... (Mas, lembrando que essa é apenas a minha impressão leiga... talvez você tenha outra opinião).

Minha dica é: se você gosta de histórias intensas com as desavenças da alma humana; prepare um chocolate quente, sente em uma poltrona confortável e escute o que essas páginas podem te dizer.