Oi!
Ontem acabei de ler o livro A culpa é das Estrelas (aeee) e hoje fui assistir ao filme no cinema...
#boaleitura e #bomfilme
Não sei se tenho muito para acrescentar sobre o livro... Acho que a grande maioria já o leu, já vi várias resenhas... E eu estava evitando ler livros desse autor porque sempre acho estranho essas modinhas... sei lá, desculpem, mas acho.
Um grande erro da minha parte. Confesso que me surpreendi positivamente com A culpa é das estrelas. Sim, é uma linguagem infanto-juvenil porque é uma garota de 17 anos narrando a história... Mas tem ideias de uma profundidade e sensibilidade que me fizeram acreditar na fama do John Green... Sim, o cara é sagaz!
Ele conseguiu desconstruir a ideia que muitos tem sobre quem sofre com o câncer. Quero dizer, o autor conseguiu nos revelar que existe uma história por detrás da doença, quando muitos incorporam só a "pena" quando olham para alguém sofrendo desse mal. Quero dizer, o autor escreveu e quis dizer: "Olhem, estão vendo aquela galera ali que sofre com câncer, eles são mais que isso, eles estão lutando com as questões de vida e de morte que, no fundo, todos nós lutamos..." Ou será que viajei muito e não foi isso que ele quis dizer?
Bem, acho que foi isso também, além de outras coisas, claro. Todos sofremos, cada um no seu tempo e da sua maneira, com a dor da existência. E, como sabem, "A dor precisa ser sentida".
Quando estamos perdendo um ente querido ou quando estamos nos perdendo com uma doença terrível como essa, enfim, todos temos de sentir essa dor.
O John, além de levantar um novo olhar para quem sofre com o câncer, nos faz pensar sobre a dor da perda como um todo. E, tão importante quanto, sobre a vida como um todo.
A culpa é das estrelas ou de nós mesmos? Como cita o horroroso, porém tão humano, Van Houten: "(...) não há qualquer escassez de culpa em meio às nossas estrelas".
O que John quer dizer com isso?
Sim, somos responsáveis por nós mesmos. Mas, existem coisas que independem de nós, como a perda de alguém querido. E aí, como agir enfrentando as nossas próprias escolhas e as feridas que as estrelas irão produzir em nós, de acordo com o que não podemos controlar do destino?
Parabéns, John Green, esse livro é muito bom!!!
E obrigada por nos lembrar do infinito que existe em determinado período. O infinito que há em um pequeno tempo ao lado de quem amamos, uma lembrança eterna e aconchegante dentro de nós. Um aconchego sem fim.
"Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas."
Sim, Augustus, muito maduro. Realmente, muitas vezes, não dá para saber se a nossa escolha vai acabar nos ferindo no futuro... quer dizer, tem como se ter uma ideia, claro... dependendo do caminho que você esteja tomando... Mas, de fato, do futuro não dá para saber. As estrelas talvez o conheçam, mas quando nós escolhemos, tateamos no escuro mesmo.
Mas, veja bem, a pergunta é: se essa escolha vai valer a pena? Independente do que aconteça e de qual dor você enfrente... O infinito desse caminho é aceitável para você?
Perguntas que só nós mesmos podemos responder.
O filme?
Ah, gente... o filme é adorável....
Quando acabou a sessão, ouvi uma menina dizendo "nem se compara com o livro, mas...".
É verdade que o livro está mais completo. Não é tão fácil colocar nas telas o que as palavras expressam. Dito isso, gostei imensamente... Segurei um pouco as lágrimas, confesso. Lindo!
Não exatamente igual ao livro, acredito que foi preciso fazer algumas adaptações mesmo. Existe a realidade do cinema que é diferente da realidade das páginas... De qualquer maneira, acredito que a essência do pensamento revelado no livro está ali no filme, isso é importante.
Vá, por favor... Vá assistir. É lindo. É uma homenagem amorosa aos sentimentos inerentes ao viver, tanto quanto no livro. Super indico! :)
Permita que essa história seja uma estrela cruzada em sua vida, Ok?