quarta-feira, 30 de julho de 2014

Lâmpada d´alma - #meusrabiscos

Oi!

Hoje vou postar uma novidade... O texto que segue abaixo da foto não é uma resenha e sim um texto diferente, meu, que veio em um momento de inspiração e achei legal compartilhar por aqui.
Vou chamar essa nova categoria de textos meus que não são resenhas de: #meusrabiscos !!
Por favor, quem for ler, deixa um comentário avaliando com a sinceridade de sempre, beleza?!
Vai ser muito importante para mim todas as opiniões! :)


Lâmpada d´alma
Entre as lâmpadas que se espalham por aí, quero encontrar uma que tenha luz de iluminar alma. Sei sim que a escuridão tem sua cegueira e já usei dela o bastante. Quero olhar para além. Isso significa que quero olhar mais para dentro de mim.
Já assisti outras pessoas escolhendo passar sempre pelo lado da sombra, que é para não se enxergar melhor. Quem sabe assim a vida fica mais fácil, penso sempre. Mas, pensar desse jeito não basta quando a minha vontade é essa lâmpada perdida que não tem preço, sem dono. Essa luz que só necessita de ser percebida. Uma busca constante e infinita, disso sei. 
As pessoas ficam procurando caminhos para perdê-la, imaginando encontrá-la. O sentido mais difícil é o certo. Mas, ainda assim, não o mais querido. Gostaria de não saber dessa verdade. Desejo voltar ao doce e inexperiente sabor da ignorância. O saber é amargo, às vezes. Como decidir seguir por um lado e não pelo outro; os pés só andam para onde a cabeça deixa ir. Iluminar esse pensamento é igual dar de cara com essa lâmpada d´alma. Isso significa ver quem sou.

domingo, 27 de julho de 2014

A Era do Rádio - Woody Allen

Oi!
Hoje vou escrever um pouco sobre o filme "A Era do Rádio", do Woody Allen! :)
#bomfilme


Nesse filme o narrador conta suas memórias de infância; todas permeadas pelas programações do rádio. 
Assistindo essa história, é possível perceber muito sobre as famílias da época, o papel importante que o rádio tinha na vida das pessoas e o toque de pensamentos um tanto filosóficos que o Woody Allen não poderia deixar de apresentar.

Senti  que eu realmente estava entrando no cotidiano das pessoas de uma época em que o rádio era o grande veículo de comunicação e entretenimento. Confesso que também lembrei um pouco da minha avó contando sobre os programas que escutava quando moça...

Acredito que me senti assim porque o filme demonstrou ser bem fiel aos acontecimentos e modos de ser daquele momento da história. Inclusive nos revelando casos verdadeiros que pareciam até mentira; como quando, por brincadeira, anunciaram no rádio que os marcianos estavam invadindo os EUA. Sim, isso aconteceu mesmo, é um fato real. Impressionante, né?!


O narrador utiliza da lembrança de antigas canções para contar mais sobre os seus "flashes de memória". O que foi extremamente agradável para mim, principalmente nas vezes em que pude ouvir músicas da nossa Carmen Miranda serem relembradas com tanto carinho. 

Os programas também foram relembrados: tanto por serem diversos e cada pessoa ter aquele preferido para ouvir quanto pelo lado de quem os fazia - ou gostaria de trabalhar neles. O filme revelou mais sobre a história das famílias que ouviam o rádio, mas também passou um pouco pelas histórias de quem fazia o rádio. E isso foi bem legal também!

Ah... e a guerra! Claro, o rádio foi o grande veículo de comunicação para a massa saber sobre as batalhas contra os nazistas. As pessoas ficavam de ouvidos atentos e corações preocupados com bombardeios e o futuro... Momento delicado que não poderia deixar de ser lembrado!

Enfim, enfim, enfim... adorei o filme! Foi uma época glamorosa da Humanidade, com os homens usando chapéus e as mulheres em seus vestidos... E foi ótimo observar esses detalhes! Mas, não parou por aí: com sua maneira sensível, delicada e seu inteligente modo de revelar as relações humanas em seus diversos sentimentos; Woody Allen proporciona pensarmos mais sobre nós mesmos. Quero dizer, há nas cenas uma filosofia, diálogos com questões existenciais que são atemporais; e estão nas indagações do homem atual tanto quanto estavam naquela época.  

Sim, a Era do Rádio passou. Tudo passa e "com o tempo as vozes se enfraquecem", como nos lembra o narrador. Mas, esse filme consegue imortalizar, homenagear e consagrar ainda mais o rádio e suas linguagens. É uma homenagem artística, sensível e linda para uma Era que marcou a Humanidade.

E, pessoal, se preparem porque ainda vou fazer muitas resenhas sobre os filmes do querido Woody Allen! Aguardem! :)


                                                                                      *Fotos de Bruno Menezes e texto meu! 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Roube como um Artista - Austin Kleon

Oi!
Hoje vou escrever sobre o livro "Roube como um Artista" do autor Austin Kleon.
#boaleitura


Essa leitura é bem rápida, fácil e agradável!
Aconselho para todos os blogueiros que adoram publicar e fazer arte pelo mundo.
Geralmente não gosto nada desse tipo de livro que dá "dicas". Sempre considero uma furada porque cada um tem sua própria maneira de encontrar seus caminhos.
Mas, quando, ainda na livraria, li que esse autor acredita que todo conselho é autobiográfico, aí ficou mais inteligente e interessante para mim... rs...
"Esse livro sou eu conversando com uma versão anterior de mim." Afirma Austin Kleon.

Então, se você tem interesse em ler as dicas de um artista para sua criatividade: "roube como um artista". :)

O que Austin revela quando nos incita a estudar e pesquisar a arte que gostamos e queremos fazer é: encorajar o trabalho. Porque para se tornar bom no que se faz é preciso conhecer amplamente o assunto de sua atividade. Então, se você quer ser escritor, leia tudo sobre os seus escritores favoritos e tente ser um discípulo deles. A arte também envolve dedicação, não é apenas inspiração. É necessário investir seu tempo nas ideias; estudar e trabalhar nelas. 

Para ajudar sua criatividade, o autor indica os 10 pontos abaixo:

1 - Roube como um artista.
2 - Não espere até saber quem você é para poder começar.
3 - Escreva o livro que você quer ler.
4 - Use as mãos.
5 - Projetos paralelos e hobbies são importantes.
6 - O segredo: faça um bom trabalho e compartilhe-o com as pessoas.
7 - A geografia não manda mais em nós.
8 - Seja legal. (O mundo é uma cidade pequena.)
9 - Seja chato. (É a única maneira de terminar um trabalho.)
10 - Criatividade é subtração.




Essas 10 dicas são bem explicadinhas no livro. 
Considerei todas de grande importância para quem quer desbloquear a criatividade. 
Se esse for o seu caso, use uma horinha de seu tempo para pensar nessas dicas.


Principalmente, se permita criar. 
Para mim, esse é o ponto mais importante e mais desafiador, embora talvez não pareça.
A vida nos modela em muitos momentos e criar é se desbloquear dos moldes que nossa cultura e nossos próprios medos internos representam. 
Você "(...) pode construir o seu próprio mundo. (...) Cerque-se de livros e objetos que ama. Pregue coisas na parede. Crie seu próprio mundo."
Assim falou Austin Kleon.

*Pessoal, as fotos desse post são do Bruno Menezes. Apenas o texto é de minha autoria. Bjs


domingo, 20 de julho de 2014

Neologismo - Manuel Bandeira

Oi!
Hoje vou propor a leitura de um poema do grande Manuel Bandeira!
#boapoesia



Neologismo

Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teadora.

Manuel Bandeira

E aí, gostaram?
Para quem não se lembra muito bem, Neologismo é a criação de uma palavra ou expressão nova. 
Manuel Bandeira inventa a palavra "Teadorar" em sua poesia para expor uma ternura mais funda, como diz o poema. 
Na prática, esse eu lírico revela que não faz muitas ações concretas que indiquem carinho; usando pouco de beijos e palavras faladas. Mas, para demonstrar a ternura que existe em seu ser, costuma criar novas palavras.

E eu estava aqui pensando com meus botões: muitas vezes usamos da arte - escrita, cantada, esculpida, etc - para expressar sentimentos que de outra maneira não conseguiríamos. Acredito que através de um poema, um texto ou um quadro, por exemplo, podemos traduzir o que de mais fundo e cotidiano existe dentro de nós. 

A nossa alma necessita da invenção de mais palavras, cores e texturas para transitar no mundo. Viva a arte! 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Lady Susan - Jane Austen

Oi!
Tenho que contar para vocês sobre o livro que descobri outro dia!!
#boaleitura


Acontece que eu estava tranquila passeando em uma livraria na minha hora de almoço, como acontece geralmente... E, veja só, descobri que a Jane Austen não escreveu só 6 livros, como eu pensava... Para aumentar a informação: além de Lady Susan, li que também tem escritos incompletos, uma produção juvenília, peça teatral, poemas, etc. E eu achando que minha querida Jane viveu para escrever apenas 6 livros...
Estou cada vez mais fã da Austen; ela escreve de uma maneira que, nem sei... é muito agradável e inteligente... e tudo o mais... adoro!
Enfim, como é bom descobrir um novo livro dela! Não deu outra: comprei no mesmo dia!
Fora que a edição é muito legal: Bilíngue (Português-Inglês) e capa dura... me apaixonei na hora!

O livro conta a história da personagem que deu nome ao mesmo: Lady Susan. E, gente, como essa Susan é diferente de todas as personagens que já conheci até hoje escritas pela Jane Austen! A mulher é maquiavélica! É uma viúva perto de seus 30 anos que trama maneiras de conseguir um novo casamento para si e para a pobre de sua filha que não deseja se casar com o escolhido pela mãe para ela... Essa filha, por sinal, me encantou! Não é nada parecida com a mãe, é um doce! 

Lady Susan era falsa para enganar as pessoas e conseguir o que queria. Fazia planos para casar a filha, ainda que a fazendo profundamente infeliz, e chamava a mesma de "menina cansativa". Tinha um comportamento calculado para enganar a todos que pudessem lhe servir. E suas atitudes espertinhas provocaram várias reviravoltas na história; impressionante! 

Mas, no fim, ah... claro que não vou estragar o final, né?! Porém, acho interessante dizer: Jane Austen procura mesmo indicar o bem e o caráter como características valiosas! Mais cedo ou mais tarde, a verdade tende a aparecer - tanto melhor quando é mais cedo. 

Esse livro foi escrito de forma diferente também - em formato epistolar. Sim, descobrimos tudo o que está acontecendo através da leitura das cartas que os personagens trocam entre si. Isso foi muito legal para mim; a leitura foi leve, rápida, interessante! :)

Recomendo! Mas sou suspeita para falar de Jane Austen... rsrsrs...

sexta-feira, 11 de julho de 2014

10 anos com Mafalda - Quino

Oi!
Como prometido no post anterior, agora vou escrever um pouco sobre o livro "10 anos com Mafalda"!
#boaleitura




Estava envolvida com uma outra leitura no momento em que ganhei esse livro e... nossa... coitada da outra história... ficou aguardando em um canto até eu terminar a última página de Mafalda. Sério. Não sei nem qual palavra usar para descrever o quanto gostei!


Esse livro organizou as tirinhas da Mafalda por temas, o que permitiu que eu conhecesse melhor a estrutura de cada personagem, bem como as ideias da Mafalda como um todo. A verdade é que, antes dessa leitura, eu sempre lia uma ou outra tira da Mafalda e achava bem legal. Mas, ler de uma maneira tão organizada ao ponto de eu poder entender a fundo a história de vida que o autor Quino idealizou e concretizou, nesses desenhos de expressões super elaboradas embora aparentemente simples, não tem preço. Eu finalmente entrei plenamente no mundo da Mafalda e fiquei tão encantada que... nossa... nem sei se tenho as palavras para descrever, estou tentando...


Logo que abri o livro encontrei uma entrevista espetacular com o criador dessa personagem brilhante! Pude conhecer um pouco mais sobre o Quino e como foi em sua vida a trajetória de 10 anos com a Mafalda - trabalho diário e exigente. Não quero contar muito do que li nessa entrevista para não estragar a surpresa, mas posso dizer que gostei demais. Principalmente pelo fato de ter percebido que, sim, deu muito trabalho. O que veio de encontro com minhas percepções: as obras geniais são simples, mas exigem do autor um esforço relevante. Aqui não posso deixar de lembrar daquela famosa frase da Clarice Lispector: "Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.".



As tirinhas da Mafalda são extremamente inteligentes e divertidas. Em 27 anos, ainda não tinha lido nada que me fizesse rir e gargalhar tanto. Sério. Foi assim um sorriso espontâneo e deliciado com o sagacidade de pensamento; de sensibilidade para com a vida e as relações com o mundo; de verdade e delicadeza artística para com essa realidade que nos embala o cotidiano. Mafalda é uma obra-prima e merece o meu amor. É muito amor, gente!


Ah! E como me identifiquei com algumas posturas da Mafalda...rsrsrs...
Nessa tirinha aí em cima a personagem está tão ansiosa para o primeiro dia na escola que acorda antes dos pais e vai acordá-los. Isso, por exemplo, eu fiz igualzinho... 

Enfim, acredito que já deu para perceber: super recomendo! :)
Sou uma verdadeira apaixonada por tudo o que tenha a Mafalda! :)

Ah... antes de terminar, vou informar para vocês que todas as fotos desse post são do Bruno Menezes - um fotógrafo muito melhor do que eu e pode me ajudar bastante com essa parte visual. Nesse post preferi focar só nas palavras, que são meu forte, acho...rs! :)


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Tag: Feitiços de Harry Potter

Oi!
Fui indicada pelo blog da Tici, o Bibliophiliarium, para a Tag Feitiços de Harry Potter - amei, obrigada!!
Então, se preparem porque vou lançar os feitiços!
#boatag

Expectro Patronum - Um livro relacionado a boas memórias:


Já que estamos falando dele...rs...
É impossível olhar para esse primeiro livro do Harry sem sentir aquela magia de quando descobri esse mundo dos bruxos... :)


Expelliarmus - Um livro que te pegou de surpresa:


Li esse livro há anos... Lembro que peguei entre os livros do meu pai porque estava com muita vontade de ler algo e era o que tinha...rs! Então, nem dei muita importância e, caramba, como gostei! Gostei tanto que, na época, fiquei pensando em nomear minha possível futura filha de Ana Terra! rsrsrs... É uma das personagens femininas mais fortes que já li.


Prior Incantato - O último livro que você leu:


Gente, esse livro da Mafalda é ótimoooo! Será a minha próxima resenha, com certeza! Podem aguardar!! :)


Alohamora - Um livro que te apresentou a um gênero que você não tinha considerado antes:


Geralmente detesto esse tipo de livro meio estilo autoajuda que indica: X dicas para você ser ou fazer algo... Mas, esse livro aí em cima está muito legal!! Vou fazer resenha dele também! :)


Riddikulus - Um livro engraçado que você leu:


Pode repetir?? rsrsrs...
Estou apaixonada por esse livro da Mafalda...
Nunca gargalhei tanto e com tantas piadas inteligentes!


Sonorus - Um livro que você acha que todos deveriam conhecer:


Tanto esse quanto o 1984: sério, se você ainda não leu, corre atrás desses livros agora mesmo.... :)


Obliviate - Um livro ou spoiler que você gostaria de esquecer de ter lido:


Nem li esse livro todo, mas as poucas páginas lidas já me fizeram pensar que foi um tempo perdido. 


Imperio - Um livro que você teve que ler para a escola:


Memórias Póstumas de Brás Cubas é espetacular! Viva a escola! Viva minha professora de português!! :)


Crucio - Um livro que foi doloroso para ler:


Livro lindo e poético! Mas, triste... bem triste... 


Avada Kedavra - Um livro que pode matar (interpretação livre):


Porque essas mortes de quincas berro dágua estão para além de tudo o que já foi pensado em uma história com defunto!


Indicados:

Se você também gostou da Tag e não te indiquei, pode fazer também! :)

Espero que tenham gostado!

Eu me diverti bastante!! :)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Jardim Interior - Mario Quintana

Oi!
Hoje a natureza está me inspirando...
#boapoesia


Jardim Interior 

Todos os jardins deviam ser fechados, 
Com altos muros de um cinza muito pálido, 
onde uma fonte 
pudesse cantar 
sozinha 
entre o vermelho dos cravos. 
O que mata um jardim não é mesmo 
alguma ausência 
nem o abandono... 
O que mata um jardim é esse olhar vazio 
de quem por eles passa indiferente. 

Mario Quintana


Tenho usado essa rosa de modelo para muitas fotos minhas do Instagram. Isso porque a flor realmente me perece ser a mais bonita do mundo... e por ser a mais bonita do mundo que está na minha casa! Ou eu a considero a mais bonita do mundo por ser minha e por estar cativada? E, aqui, não posso deixar de lembrar do livro O Pequeno Príncipe: "Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante."

A verdade é que amo essa rosa e a mesma me fez ir buscar um livro do Mario Quintana - o A cor do invisível - para reler a poesia que deixei nesse post.
Acontece que tem dias que a seguinte mensagem me aparece de súbito na cabeça: acho que o homem deveria enxergar a natureza.
Não sei se me faço entender, mas eu realmente me sinto mais viva e feliz quando estou admirando a beleza das árvores, flores, campos, etc... A própria humanidade é pura natureza!
Por que parece que tentamos nos livrar dos jardins? Sufocá-los de concreto cinza? Ou simplesmente ignorá-los em nosso cotidiano?

Se existem coisas belas no mundo, são as naturais. São as nuvens, a Lua, a copa das árvores, as flores, o verde da grama, etc, etc, etc...
Mas, como nos lembra Quintana - 
"O que mata um jardim é esse olhar vazio 
de quem por eles passa indiferente."
Estamos matando jardins da mesma forma que muitas vezes matamos a beleza natural em nós.
Talvez estejamos esquecidos que somos parte disso - o que é mágico! Embora também nos deixe a ideia de que somos tão importantes quanto "o vermelho dos cravos".
Ou talvez seja esse o motivo: não queremos nos equiparar, o homem deseja ser mais especial que isso.
Felizmente, somos parte desse todo ao qual colocamos o nome de natureza. Somos tudo isso.

E é lindo. Vamos enxergar? 
Quem sabe enxergar e admirar um jardim novo no bairro?
Quem sabe enxergar e admirar o que somos - nosso Jardim Interior?

Não sei se viajei demais nessa resenha de uma poesia, mas cabe a cada um decidir: o que pretende olhar e o que pretende passar indiferente.