Oi!
Hoje vou escrever um pouco sobre a leitura de um livro de "parceria"...
Para começo de conversa, ainda não sei se quero tratar dessa forma: como "parceria".
Fiquei muito feliz pela autora ter entrado em contato e me proposto a oportunidade de ler um livro dela, muito feliz!
Mas, não vou entrar na onda de escrever que tenho uma autora "parceira" do blog...
Não seriam todos os autores aqui, até os falecidos, parceiros, então??
Ainda não entendi, na verdade, essa coisa de parceria e vou fazer como considero que sempre fiz:
Leio o livro e escrevo minha opinião.
Sem prazos, inclusive demorei bastante para terminar de ler esse...
Sem obrigação de escrever sobre esse livro, caso eu não queira.
Sem expectativas de que meu post seja exclusivamente uma propaganda.
Até porque, o que eu não gostar vou falar mesmo. Explanar legal.
E o que eu gostar, como sempre, vou indicar...
Não vou mencionar o autor que nunca li. Até porque a minha questão não é com o autor e sim com sua obra.
E me diz se adianta eu contar para vocês que existe o autor tal e nunca ter lido nada que essa pessoa escreveu?
Enfim...
Se essas minhas regras são "Parceria" e se os novos autores irão gostar da minha proposta que tanto coloca em teste sua obra... bom, isso deixo para cada um decidir por si e não me importa nomear.
O importante é que a autora Bruna Harmel, mesmo sabendo de toda essa minha postura, decidiu pagar para ver e me enviou o seu primeiro livro. Obrigada pela confiança, Bruna! Vamos lá!
O livro que li da autora Bruna Harmel ou Bruna Coelho, como está na capa abaixo, foi o "Nosso Segredo", já publicado. A Bruna disse que está terminando outro livro, ainda em processo de finalizar título, capa e essas coisas.
Mas, vamos lá, vou contar sobre a minha experiência de leitura: o "Nosso Segredo".
Confesso que no começo fiquei um pouco preocupada porque encontrei alguns erros de revisão no pdf que a Bruna me encaminhou. Enviei um e-mail para a mesma comentando sobre o fato e ela disse que o estava revisando novamente. Dias depois, me enviou o texto revisado, mas como eu já estava quase acabando a leitura, não cheguei a verificar a revisão.
A autora escreveu esse livro há anos atrás, ainda bem adolescente e sua linguagem, como a própria escritora colocou, era mais imatura.
O livro conta a história da Gabriela ou Gabi, uma adolescente com fala bem de adolescente, que é boa em tudo que se presta a fazer. Sério, isso me impressionou: a garota era boa em esportes, música, espionagem, os rapazes mais lindos queriam namorá-la... A cada página lida eu descobria um novo talento surpreendente da menina!
A Gabi e seus respectivos pais tem um segredo que precisa ser guardado. E a história se desenvolve ao redor desse segredo e, claro, das aventuras super bem sucedidas da personagem.
Acredito que desenvolver esse livro na idade que a Bruna escreveu foi realmente brilhante. Não é qualquer menina que deixa de fazer outras atividades para escrever páginas e mais páginas de uma nova história.
Só por isso já considero que a Bruna está de parabéns! E, por continuar tentando melhorar sua escrita e pensar novos livros: está de parabéns novamente!
Estou cada vez mais feliz por conhecer novos autores brasileiros. Essa percepção de que nossa gente brasileira está lendo e escrevendo mais tem, para mim, bem maior importância do que qualquer Copa do Mundo que o futebol possa ganhar.
Na minha humilde opinião, esse nosso país precisa muito mais de Leitores realmente apaixonados por livros e Escritores realmente amantes da arte de um bom texto do que de bons jogadores de futebol.
Nada contra. Também é uma habilidade bem legal e digna essa de jogar bola.
Mas, o Brasil... ah, O Brasil... merece ser mais do que bola em campo.
Esse meu país merece ser culto, ser inteligente, ser educado.
O meu país merece ser sábio o suficiente para conseguir administrar seu dinheiro e outras riquezas em prol de um crescimento enraizado na dignidade de todos os brasileiros.
Estou pedindo muito? Ou é melhor gastar milhões e mais milhões em estádios do que pagar bem aos professores? Do que desenvolver bem essas aulas de português que esse povo tanto tem dificuldade de conseguir fluência? Do que ser Nomeado como o País da Educação? Porque até a Saúde vai melhorar se educamos mais esse povo. Se educamos mais os políticos, que precisam de muito mais educação - isso já não é segredo para ninguém!
Aí você vai me dizer, o futebol não tem nada com isso. Não é política.
Na minha humilde opinião, qualquer ato é uma construção política.
Quando você prefere investir na Copa para forçar a imagem de "O País Maravilhoso e Alegre do Futebol" no ano das eleições - isso é uma construção política.
As implicações políticas desse povo que vai usar o Bolsa-Família para comprar camisa verde e amarela; sorrir no facebook e postar que todos estão comemorando felizes mais uma vitória - existe.
A política é feita de pequenos e grandes atos. O ato da Copa é uma publicidade esperta: os brasileiros ficam felizes enquanto saem mais cedo do trabalho e bebem sua cervejinha assistindo o jogo. O mundo fica feliz por achar que o Brasil está muito feliz. A Fifa fica feliz porque tem o dinheiro e dita as regras que quiser. Os políticos ficam felizes porque talvez assim seja mais fácil driblar o povo nas urnas, além de levar um dinheiro extra no superfaturamento.
Os preços no Rio de Janeiro só aumentaram e só aumentam. Hoje comprei 1 Litro de leite por R$ 3,00, quero dizer, R$ 2,95 - que é para fingir que não cobraram R$ 3,00 - isso no supermercado mais popular de todos os tempos...
A Copa do Mundo é um ato político tanto quando cada post meu nesse blog.
Até quando não estou falando de política, estou agindo politicamente; formando opiniões, contestando ideias, criando um ambiente voltado para o que desejo focar no pensamento de vocês que estão lendo.
Isso não quer dizer que meus posts são ruins ou que a Copa do Mundo é péssima: quer dizer que a política está nas entrelinhas do que escolhemos ou é escolhido para que façamos com nosso tempo e pensamento.
A política nos forma, nos induz, usa redes de artimanha para seduzir nossa atenção - faz Gol.
O nosso ato político deve ser tão inteligente quanto essa política esperta tenta ser: pensemos sobre o que nos é imposto.
Não vamos falar sobre um autor não lido só para dizer que temos "Parceiros"... Vamos assinar o nosso post e todos os nossos atos políticos com mais sagacidade!
Não vamos votar em determinado político só porque ele vai te dar uma esmola de uns R$100,00 por mês enquanto rouba o triplo disso nos impostos que você paga.
Não vamos fechar os olhos para o ato político dessa Copa do Mundo só porque futebol é legal!
Ok, futebol é legal. E o meu dinheiro bem investido também. Atos com verdadeira responsabilidade social também.
Pensar sobre o que nos é massacrado pelas grandes mídias é nosso dever político, de cidadão brasileiro: mais do que torcer pelo futebol.
Vamos colocar a camisa verde e amarela em outros momentos - vamos agir politicamente de forma consciente! E não apenas gritando Gol porque o Brasil inteiro foi obrigado a parar para gritar Gol - pense bem para quem esse Gol está servindo....
O primeiro Gol dessa Copa foi um Contra.
Essa Copa está sendo um Gol contra. E vamos perceber isso daqui uns meses, depois das urnas (eletrônicas e confiáveis? que sistema não pode ser fraldado no computador?), quando o Litro de Leite estiver custando R$ 5,00.
Eu não vou postar no facebook que estou feliz comemorando com a camisa do Brasil - meu ato político é de pensar para além do que a Copa do Mundo quer fazer que eu pense.
Sou Brasileira e estou de olho nessas jogadas de campo estratégicas.
Bom, voltando ao livro: acredito que tenha sido um começo importante para a autora e que a mesma ainda tem um caminho interessante para desenvolver e percorrer. Considero que pessoas na faixa dos 12 aos 15 anos, aproximadamente, podem se identificar mais com a história. Mas, se você não tem essa idade e está procurando uma personagem lotada de dotes artísticos, esportivos e etc; esse livro é o seu lugar.
E, Bruna, continue lendo muito e escrevendo bastante! Continue sendo essa brasileira que busca nas palavras a sua expressão na vida. Nessa minha humilde opinião, esse é o melhor caminho que você pode seguir. Ler, escrever e tentar se expressar para além das histórias que já existem; construir o pensamento novo!