quinta-feira, 7 de maio de 2015

As Brumas de Avalon - Marion Zimmer Bradley

Olá!
Voltei para escrever um pouco sobre "As Brumas de Avalon"!
Gente, sim, adorei essa história!
Principalmente pelo que ela me fez pensar sobre a vida em geral...
#boaleitura


Esses quatro livros contam a história de um lugar chamado Avalon, que tinha seu jeito próprio de pensar o mundo, mas também discorre sobre o reinado de Arthur e da religião cristã - além de muitas outras coisas: fenomenal, você tem que ler para saber!

Morgana, a Sacerdotisa de Avalon que tem grande poder nessa narrativa, é irmã de Arthur e recebe de herança de uma família com sangue real druida a missão de ser Senhora do Lago e tentar fazer com que Avalon e seus costumes não se percam do mundo - escondidos nas Brumas. Aliás, brumas essas que os próprios druidas e sacerdotisas - homens e mulheres de Avalon - optaram por utilizar para esconder o lugar daqueles que tentavam ofendê-lo e retirá-lo da história do mundo... Deu para entender? Talvez não, porque a história é boa demais para ser resumida em poucas linhas, galera - leiam! :)

O fato é que Morgana, o Rei Arthur, Lancelote e todos os outros personagens vão vivendo suas vidas da melhor forma possível - do jeito que conseguem em meio aos problemas de cada um; o tempo passa e vamos acompanhando a velhice deles chegar. Acredito que no fim, todos nós vamos nos perguntar se o que fizemos de nossas vidas realmente foi o certo - se cumprimos a nossa missão. E esse é o questionamento também dos personagens. É aí que está lindamente escondida a mensagem que o livro me passou e estou feliz de ter sentido através das entrelinhas.

Qual mensagem? Ficou curioso (a)?

Como não é spoiler, é apenas a minha impressão da história e só quem chegar no fim vai concordar ou discordar, lá vai! 

Para mim, Avalon pode se perder nas brumas e não existir mais no mundo da mesma maneira que nós todos e todas as civilizações antigas que já não existem - se perdem. Existe sempre o dia em que o mundo se modifica - o tempo passa, as histórias passam, novas famílias, sociedades e jeitos de viver  nascem e morrem. Mesmo agora estamos presenciando mudanças que, para nós da geração de 80 /90, não significam tanto - mas para nossos pais e avós, com certeza, são um salto do mundo que eles conheceram para outro inteiramente novo.

E aí? O mundo antigo morre de vez? As civilizações acabam totalmente? Avalon nunca existiu? Ninguém sabe, ninguém viu?

Calma, minha gente - a morte não é o fim. Quando morremos, deixamos um pouco de nós no mundo e esse pouco (ou muito, melhor), é transformado em algo importante para aqueles novos que ficam - sejam pessoas ou outras civilizações. Sabe aquele ditado: "Nada se perde, tudo se transforma"? Foi justamente para ele que meu pensamento foi ao acabar de ler As Brumas de Avalon. As histórias são finitas, o tempo passa, nós passamos. Mas deixamos nossa contribuição, seja qual for - um filho, uma árvore, um livro, um blog, um jeito de falar que seus amigos passaram para os filhos, uma receita, uma crença... Qualquer coisa que vai se encaixar em um novo mundo, que não será mais o nosso, mas existirá graças ao que plantamos e construímos agora.

E assim termino: viva a vida, vivam as forças da natureza, viva a Deusa! (rs)

E leiam esses livros: muito bons! :)

E, para quem quiser, fica o link com o filme "As Brumas de Avalon" no You Tube:



Até mais! :)